Mirror or the Norse soul Espelho da Alma Norueguesa



Mirror or the Norse soul

Espelho da Alma Norueguesa

I’m absolutely in love with this. It’s pure magic.

Makes me travel in time.

Makes me feel like I’m back into one of my most treasured past lives. A long desired present one.

Takes me home. Home to where my soul feels it should live. Where it belongs.

Takes me to that warm and shy spring sun light.

To that particular place in the woods that makes one wonder if reality was left behind.

To where your feet merge into the ground by the icy lake.

To the embracing darkness of a Winter afternoon. 

Thank you for making me feel so peaceful. So at home. For making my soul believe that one day, maybe, just maybe, it will return home. Even if the body stays somewhere else.

 

 skuggja

Ivar Bjørnson and Einar Selvik photo by Ester Segarra

 

Skuggsjá é uma peça musical escrita por Ivar Bjørnson e Einar Selvik.

Concebida por estes dois músicos,  das bandas Enslaved e Wardruna, respetivamente, a peça resultou de uma encomenda para as celebrações do 200º aniversário da Constituição da Noruega. A sua estreia teve lugar em setembro de 2014, no festival EIDSIVA Blot, em Eidsvoll, onde a Constituição foi escrita. Pouco depois da sua estreia, o projeto Skuggsjá foi anunciado como um dos cabeças de cartaz da 20ª edição do Festival Roadburn de 2015.

O desejo crescente de apresentar Skuggsjá a um público mais amplo acabou por levar Bjørnson e Selvik a gravar a peça na sua totalidade. O álbum resultante foi editado no início de 2016.

Skuggsjá pode traduzir-se como  “espelho” ou “reflexo” na língua nórdica (norse, ou seja, escandinava ou nórdica, na forma mais generalista, ou norueguesa). A peça  contextualiza o papel difícil da música na democracia na Noruega em 2014, mas reúne também tópicos da antiga história musical do país, solidificando a posição da música como a exportação cultural norueguesa mais importante.

Ao destacar ideias, tradições e instrumentos do seu passado, Skuggsjá conta a história da Noruega e reflete no presente aspectos relevantes do passado, conceitos à luz dos quais se procura refletir sobre os noregueses enquanto povo e nação. Uma magnífica tapeçaria de instrumentação metal, uma variedade dos  instrumentos mais antigos de toda a Escandinávia e da Noruega, bem como  poesia, em norueguês arcaico e moderno, Skuggsjá é uma fusão entre o passado e o presente, tanto lirica como musicalmente.

Tradução/adaptação by Castelo da Sandrix

Original in http://www.skuggsja.no/

http://www.season-of-mist.com/

Skuggsjá is a musical piece written by Ivar Bjørnson and Einar Selvik. Arranged to be performed by Enslaved and Wardruna and was originally initiated as a commissioned concert piece for the 200th anniversary of the Norwegian Constitution and premiered in September 2014 at the Eidsivablot festival, Eidsvoll where the constitution was written. Shortly after its debut Skuggsjá was announced as one of the headliner acts of the 20th edition of Roadburn Festival 2015.

The growing desire to present Skuggsjá to a broader audience has ultimately led the Bjørnson and Selvik to record the piece in its entirety. There will be an album in 2016 and details regarding its release will follow soon.

Skuggsjá translates into ‘mirror’ or ‘reflection’ in the Norse language, and the piece not only contextualizes harder music’s role in the democracy in Norway in 2014, but also joins threads from the country’s ancient musical history and solidifies harder music’s position as Norway`s most important cultural export.

By highlighting ideas, traditions and instruments of their Norse past, Skuggsjá tells the history of Norway and reflect relevant aspects from the past into the present day. In light of this we reflect on ourselves as a people and nation. In a magnificent tapestry of metal instrumentation, a wide variety of Norway´s and Scandinavia’s oldest instruments, and poetry in Norse and Norwegian, Skuggsjá is a fusion between past and present, both lyrically and musically. 

 

Line-up

Ivar Bjørnson: vocals, guitars, bass, keyboards
Einar Selvik: vocals, taglharpa, Kravik-lyre, goat-horn, birch-bark lure, bone-flute, percussion, electronics

Contributing musicians

Grutle Kjellson: vocals
Lindy-Fay Hella: vocals
Eilif Gundersen: birch bark lure
Olav L. Mjelva: Harding fiddle
Cato Bekkevold: drums

 

Creepy Easter/Páscoa assustadora 4


Creepy Easter/Páscoa assustadora 4

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Weird Easter bunnies hold a scared boy… Coelhos da Páscoa muito estranhos abraçam um rapazito assustado…
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Easter bunny looks like he’s out of a Ed Wood movie… O coelha da Páscoa parece saído de um filme de Ed Wood…

 

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Easter bunny is ready to eat the boy’s head… O coelho da Páscoa está pronto para comer a cabeça do rapaz…

 

Crimes de Páscoa – Easter crimes


“Crimes” na Páscoa são tradição na Noruega

Esta tradição norueguesa de Páscoa é um quebra-cabeças para os estrangeiros.

Na Noruega, ler histórias de crimes durante a Páscoa é tão natural como ovos e galinhas. No entanto,  para o mundo exterior, a “Páscoa Crime” é, literalmente, um mistério.

Apesar de Páscoa ser tempo de crime na Noruega, o resto do mundo não  concorda necessariamente com a ideia. Todos os anos o amor norueguês pela “Páscoa Crime” (Påskekrim) enche as manchetes e atinge o topo das listas de maneiras estranhas de celebrar o feriado em todo o mundo.

O jornal britânico The Independent chama-lhe “bizarro”, enquanto The Mirror escreve: “Curiosamente, tornou-se tradicional na Noruega ler ou assistir à leitura de histórias sobre crimes durante o período da Páscoa. E você pensava que arrancar à dentada a cabeça do seu coelho de chocolate era estranho?”. O Sunday Times também ri sobre a tradição: “os pacotes de leite oferecerem mistérios que precisam de solução”, escreve o jornal.

É bastante claro que a obsessão com histórias de crimes durante a Páscoa é uma coisa apenas norueguesa. Isto apesar dos países vizinhos, à semelhança da Noruega, estarem cheios de escritores populares do género noir nórdico, não se falando de crime na Páscoa nem na Suécia, nem na Dinamarca.

Então porque é que os noruegueses, em particular, têm esta sede de assassinatos sangrentos durante a Páscoa, questiona-se o jornal alemão Die Welt.

Para resolver esse mistério, temos que recuar no tempo cerca de 80 anos.

Fevereiro 1923. Os dois jovens e falidos autores noruegueses Nordahl Grieg e Nils Lie têm uma ideia brilhante e inesperada: escrever um romance policial cativante para encaixar uma boa quantia de dinheiro.

O editor Gyldendal responde ao desafio. No domingo antes da Páscoa eles lançam uma grande campanha publicitária, em que o título do livro “Combioi de Bergen saqueado durante a noite” merece um destaque de primeira página no jornal norueguês Aftenposten. O golpe faz virar cabeças. O anúncio é tão credível que a maioria das pessoas não percebem que se trata de ficção: o público acredita que o comboio foi realmente assaltado.

O drama merece atenção e o romance torna-se um enorme sucesso.

“Muitos consideram este romance é o primeiro crime de Páscoa e a própria origem da tradição”, refere Bjarne Buset, Chefe de Informação da editora norueguesa Gyldendal.

A novela põe-nos em contato com jovens estudantes que deambulam de cabana em cabana no período da Páscoa. O fato de que a Páscoa estar intimamente associada com as cabanas (hytte), também tem uma palavra a dizer para esta tradição, lembra Buset.

“Mais do que em qualquer outro feriado, a Páscoa é o momento onde as pessoas vão para as cabanas nas montanhas ou para perto do mar. Assim, a leitura dos crimes na Páscoa anda de mãos dadas com as excelentes condições para esquiar e comer uma Kvikk lunsj (a versão norueguesa do Kit Kat) ou uma laranja ao inverno sol », diz Buset, acrescentando:

“Poucos países têm um número de dias de folga maior do que a Noruega. O tempoo das nossas férias proporciona grandes oportunidades de leitura”, conclui.

E assim como o primeiro romance de dos crimes de Páscoa começou como um golpe de publicidade, a promoção deste género, provavelmente, desempenha um papel importante para perceber porque é que o prazer sangrento ganhou uma posição tão forte na sociedade norueguesa.

“Todos os anos, os meios de comunicação perguntam-se como está o crime de Páscoa norueguês. A bola de neve começa a rolar e a curiosidade aumenta. Naturalmente, a indústria editorial aproveita esta atenção, apostando em grandes campanhas de promoção de romances policiais, antes e durante o feriado, refere o editor e continua:

“Não é nenhuma coincidência que temos um grande festival sobre literatura do crime exatamente antes da Páscoa”.

in http://www.visitnorway.com/media/news-from-norway/this-norwegian-easter-tradition-is-a-head-scratcher-for-foreigners/

Tradução do inglês de CastelodaSandrix

 

Versão Original

Easter “crimes” are a tradition in Norway

This Norwegian Easter tradition is a head–scratcher for foreigners

In Norway, reading crime stories during Easter is as natural as eggs and chickens. But to the outside world, the «Easter Crime» is literally a mystery.

Although Easter is crime time in Norway, the rest of the world doesn’t necessarily agree. Every year the Norwegian love for «Easter Crime» (Påskekrim) makes headlines, and tops the lists of strange ways to celebrate the holiday around the world.

The British newspaper The Independent calls it «bizarre» while The Mirror writes: «Curiously it’s become traditional in Norway to read or watch stories about crime (called Påskekrims) over the Easter period. And you thought biting the head off your chocolate rabbit was weird?». The Sunday Times also chuckles over the tradition: «Even the backs of milk cartons offer mysteries that need solving», the newspaker writes.

It´s quite clear that the obsession with crime stories during Easter is solely a Norwegian thing. Because although the neighboring countries, just like Norway, are filled with popular writers of Nordic noir, there´s no talk of Easter Crime in neither Sweden nor Denmark.

So why do Norwegians thirst for bloody murders during the Easter specifically? the German newspaper Die Welt wonders.

To solve that mystery, one need to go about 80 years back in time.

It´s February 1923. The two young and broke Norwegian authors Nordahl Grieg and Nils Lie suddenly come up with a steaming idea: To cash in big, they decide to write a catchy crime novel.

The publisher Gyldendal jumps ahead. On Sunday before Easter they launch a major advertising campaign, in which the book’s title “Bergen train looted in the night” gets top spot one the front page of the Norwegian newspaper Aftenposten. The stunt turns heads. The ad is so believable, that most people don´t realize it´s fiction: They believe the train has actually been robbed.

The drama gets massive attention, and the novel becomes a huge success.

«Many consider this novel to be the first Easter Crime, and the very origin of the tradition», Bjarne Buset, Head of Information at the Norwegian publishing house Gyldendal, says.

In the novel we get acquainted with young students leaping from cabin to cabin in the the middle of Easter. And the fact that Easter is closely associated with the cabin (hytte), also has its say for the tradition´s firm roots, Buset states.

«More than any other holiday, Easter is the time where people head for the cabin (hytte) on the snowy mountain or near the sea. Here, reading Easter Crime goes hand in hand with great skiing conditions and eating a Kvikk Lunsj (a Norwegian version of the Kit Kat) or an orange in the winter sun», Buset says and elaborates:

«Few other countries have as many days off as Norway. The length of our holiday gives great opportunities to read», he says.

And just like the first Easter Crime novel began as a publicity stunt, the promotion and publicity of easter crime probably plays a big part in why the bloody pleasure has gained such a strong foothold in the Norwegian society.

«Every year, the media asks ´what´s up´ with the Norwegian Easter Crime. The snowball starts rolling, and the Easter Crime funnily enough increases its attention. Of course, the publishing industry takes advantage of this, which imprints itself in huge promotion of crime novels before and during the holiday, the publisher says and continues:

«It´s no coincidence that we have a major crime festival just ahead of Easter».

http://www.visitnorway.com/media/news-from-norway/this-norwegian-easter-tradition-is-a-head-scratcher-for-foreigners/

 

 

 

Creepy Easter/Páscoa assustadora 3


Creepy Easter/Páscoa assustadora 3

Besides weird and scary postcards, Easter is all about photos with children. Not very normal photos, but photos.

Para além de postais estranhos e assustadores, a Páscoa é, sobretudo, sobre fotografias com crianças. Fotografias não muito normais, mas fotografias.

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Can’t decide what’s more scary: the rabbit or the chair Não consigo decidir o que assusta mais: o coelho ou a cadeira

 

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This little guys don’t look very happy… Este dois pequenotes não parecem muito felizes

 

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This rabbit looks like he’s walking to his scaffold. O coelho parece estar a caminho do cadafalso

Creepy Easter/Páscoa assustadora 1


Creepy Easter 1


Easter is, usually, a time of peace and joy.

However, a look at some vintage Easter cards gives us a very differente perspective of the currente one on the subject…

Páscoa assustadora 1

A Páscoa é, por norma, uma época de paz e de alegria.
No entanto, uma espreitadela a cartões de Páscoa antigos dá-nos uma perspetiva muito diferente da atual…

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Babies hammering eggs with little chicks? Bébés a martelar ovos com pintinhos?

 

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A rabbit with a riffle? Um coelho com uma espingarda?
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Prussian army rabbits ride a carriage lead by chickens? Coelhos do exército prussianos numa carruagem com galinhas?

Estamos à espera de quê?


Estamos à espera de quê?

O terrorismo faz, definitivamente, parte do dia-a-dia da Europa.

Nada de surpreendente num continente que nada mais é que uma aglomeração de inúmeras tribos em desenhos cartográficos a fazer de conta que são países. Nada de surpreendente num continente que, em mais de mil anos de vida, 80 por cento foram passados em guerra. Na realidade, a Europa nunca viveu um período de paz tão longo como aquele que medeia entre o fim da II Guerra Mundial e a atualidade, mesmo se se contabilizar a guerra nos Balcãs.

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Portanto, acordar ao som de explosões e ataques suicidas, mesmo que através da televisão ou online, já nada tem de estranho para um europeu. Ontem em Madrid, mais tarde em Londres, uma vez por outra em Paris, agora é a grande estreia de Bruxelas, o cérebro político da União.

Já se sabe que os terroristas são como os quistos. Resultam da acumulação de porcaria em zonas mais suscetíveis a infeções e que os organismos por si só não conseguem aniquilar da forma correta. Como tal, de cada vez que se anula um recorrendo a um método invasivo, surgem cinco novos.

E é aqui que surgem os maiores problemas.

A Europa insiste, tal como alguns médicos mais cautelosos, a usar soluções não invasivas mas claramente menos eficazes como se não existissem outras. Insiste em ser a boa da fita como se a vida fosse uma coboiada de Hollywood.

Naturalmente, todos os estados europeus têm o rabo preso com todos os estados europeus. E com a Rússia, Estados Unidos, China, países árabes, etc. Todos devem alguma coisa a alguém, todos vendem algum produto a alguém, todos precisam uns dos outros. 

Mas já assim o era no final dos anos 30 do século passado e isso não impediu que aliados e inimigos – numa linguagem simplista – reunissem forças para por fim à ameaça comum. Mesmo que já existissem sinais mais que evidentes que essa ameaça estava prestes a morrer por si própria. Demoraria apenas mais algum tempo.

Então estamos à espera de quê?

Vamos ter que aguardar pacientemente que, tal como o exército nazi, os acólitos do DAESH(1) se organizem em massa e, literalmente, nos invada? 

Esperar que os quistos se transformem em cancros com metástases para aplicar uma dose desmedida de quimioterapia e aniquilar o sistema imunitário daquilo que hoje são democracias sem ter a certeza que os tumores não reincidem?

(1) – para os puristas da língua, eu sei que existe a versão portuguesa Daexe, mas francamente, não gosto nada dela.