Sp0rt Lisboa e Benfica: Boletim Oficial (1927) Biblioteca Digital de Lisboa


Sp0rt Lisboa e Benfica: Boletim Oficial (1927) Biblioteca Digital de Lisboa

Depois da importante vitória sobre o Leverkusen, que deixa a eliminatória da Liga Europa bem encaminhada para o Benfica, colocamos hoje em linha o Sport Lisboa e Benfica: boletim oficial, um dos mais antigos jornais clubísticos portugueses. Fundado em Março de 1927, pretendia estabelecer um contato mais íntimo com a massa associativa do clube lisboeta, divulgando nas suas páginas os resultados da equipa de “football” do Benfica, em plano de destaque, mas também das restantes atividades desportivas do SLB, no “water-polo”, atletismo, ciclismo, “basket-ball”, natação, “hockey”, e no rugby. É também uma fonte importante para a história do Benfica, reunindo informações preciosas sobre o funcionamento do clube, as suas delegações “espalhadas pelo Continente e além-mar, em terras de África”, entre outros dados. O boletim teve como secretário de redação Manuel C. Afonso, funcionava na Rua Capelo, 5, e era composto e impresso na tipografia Americana, na Rua da Horta Seca, 48, em Lisboa. Dos 11 números que saíram disponibilizamos apenas os 3 primeiros (acessíveis aqui), os únicos que constam da coleção da Hemeroteca Municipal, pelo que solicitamos colaboração no sentido de completarmos as existências do Sport Lisboa e Benfica na Hemeroteca Digital…

in   http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/ArquivoNewsletter/2013/N118/Newsletter118.htm

Caretos de Salsas no Carnaval de Bragança


CARNAVAL DOS CARETOS
BRAGANÇA
Carnaval dos Caretos

Organização: Câmara
Municipal de Bragança

Parceiros: Diputación de Zamora – Patronato de Turismo (Espanha), Comunità
Montana della Carnia (Itália)

Colaboração: Academia Ibérica da Máscara, Instituto Politécnico de Bragança,
Grupos de Caretos e Grupos de Gaiteiros

(Programa abaixo)

Texto extraído da página oficial dos Caretos de Salsas

http://www.caretosalsas.com/

Deveres dos Caretos de Salsas

1. Passar a mão em tudo que puder

2. Não largar o pau em qualquer ocasião

3. Não sentar, não deitar, nem rebolar pelo chão

4. Não passar despercebido em qualquer ocasião

5. Não rejeitar qualquer oferta

5 Mandamentos dos Caretos de Salsas

1. Ser careto de alma e coração

2. Ser solteiro, e bom rapaz

3. Ser forreta ate dizer chega

4. Cravar tudo o que poder

5. Não sair de qualquer casa sem fumeiro

O Traje

O Careto apresenta-se como uma figura extra – natural, que precisa de retirar a careta para ser reconhecida embora nem sempre aceite, apesar disso, e traz consigo o beneplácito do sobrenatural, pois os fatos (o traje), a mímica, a linguagem e os adereços (colares, campainhas, mascara e o pau), invulgares e nem sempre decifráveis, revestem a figura de uma áurea mítica e mística que se respeita e receia; não se venera, mas adula-se com um copo, dinheiro e fumeiro.

Os rapazes vestem os seus fatos avermelhados com franjas.

Os fatos, são feitos de mantas velhas, tecidas nos velhos teares da freguesia.

As franjas também são feitas em teares e as cores mais utilizadas são o vermelho, castanho e amarelo-torrado. São cores de inverno. Este são cobertos por colares, cruzadas ao peito , um molho de chocalhos á cinta que tilintam a cada “saracoteio” do careto.

O pau de madeira é o que os apoia nas correrias e saltos.

E uma máscara de madeira ou cortiça bizarra na cara, e saem as ruas pela calada da noite, assustando as pessoas e estas para os afugentar oferecem algo do seu fumeiro.

A Careta

A careta, que lhe dá o nome, é uma máscara para o rosto, feita madeira ou cortiça, de fabrico artesanal por um artesão da aldeia. São pintadas de vermelho, castanho e preto. Tem quase sempre outras decorações como a língua de fora, enorme e vermelha garrida sobre o fundo vermelho, dentes e cornos de animais, pintados ou não, saídos de um tufo de pelos bem negros também.

A máscara só é tirada em momentos muito especiais para cumprimentar alguém tímido ou de mais respeito, ou quando uma criança precisa de ser sossegada e de comprovar com os próprios olhos que se trata de pessoa ou então no dia de reis durante o peditório para as almas.

Este medo natural das crianças e o ar sinistro do careto são aproveitados para manter as crianças em respeito. “Olha o careto”.

Carnaval dos Caretos

Carnaval dos Caretos
Carnaval dos Caretos

Venha divertir-se no Carnaval dos Caretos. Ajude-nos a Queima o Diabo. Dia 9, a partir das 16:00 horas.

Programa Cultura 2007-2013 Projeto “Tradições Pré-Cristãs – Mascaradas”

FEVEREIRO DE 2013

DIA 8 – sexta-feira
20:30 Horas – Inauguração da exposição: “Festas de Inverno”
Representações de Bragança, Zamora (Espanha) e Carnia (Itália)
Patente de 8 a 28 de fevereiro
Centro Cultural Municipal Adriano Moreira

 

21:00 Horas – Conferência: “Tradições Pré-cristãs – Máscaras e Rituais”
“Elementos pagãos nos rituais das mascaradas” – Pinelo Tiza (Portugal)
“Uma gaita portuguesa ao serviço da cultura transmontana na manifestação da máscara” – Paulo Preto (Portugal)
“Mascaradas de inverno: O depósito da história” – Bernardo Calvo Brioso (Espanha)
“O Carnaval em Friuli, entre a investigação e a recuperação” – Stefano Morandini (Itália)
“Sons, vozes e música dos rituais de inverno em Carnia e Valcanale” – Roberto Frisano (Itália)
Auditório do Centro Cultural Municipal Adriano Moreira

 

DIA 9 – sábado
16:00 Horas – Desfile: “Carnaval do Caretos”
Participação de representações de Portugal, Espanha e Itália
Ruas da Zona Histórica de Bragança – Início na Av. Sá Carneiro (junto ao Edifício Translande)

 

Final do Desfile: “Queima do Diabo”
Praça Cavaleiro de Ferreira

 

DIA 11 – segunda-feira
21:30 Horas – “Carnaval Jovem”
MC Wilson + DJ Stikup + 2 B Boys (ex makongo)
Pavilhão do Clube Académico de Bragança

 

DIA 13 – quarta-feira
Saída de “Diabo, Morte e Censura”
Ruas da Zona Histórica de Bragança

http://www.cm-braganca.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=37526&eventoId=49338

Entrudo Chocalheiro


Texto extraído da página oficial dos Caretos de Podence

http://caretosdepodence.no.sapo.pt

Imagens propriedade de Caretos de Podence

Programa Entrudo Chocalheiro 2013
Programa Entrudo Chocalheiro 2013

Mais informações em http://caretosdepodence.no.sapo.pt

Entrudo em Podence

“Em Podence, nos dias de Carnaval, os Caretos surgem em magotes, de todos os sítios, percorrendo a aldeia em correrias desenfreadas, num clima fantástico e fascinante, pleno de sedução e mistério. Ninguém lhes consegue ficar indiferente, aqueles que não se vestirem de Careto abrem as suas adegas aos passantes.

As crianças de sexo masculino, os Facanitos perseguem os Caretos tentando imitá-los, as raparigas solteiras, são o principal alvo dos mascarados, admiram-nos das janelas ou varandas das suas casas, com um certo receio de que o entusiasmo dos Caretos os leve a trepar para as poderem chocalhar.

Os Caretos usam máscaras rudimentares, onde sobressai o nariz pontiagudo, feitas de couro, madeira ou de vulgar latão, pintadas de vermelho, preto, amarelo, ou verde. A cor é também um dos atributos mais visíveis das suas vestes: fatos de colchas franjados de lã vermelha, verde e amarela, com enfiadas de chocalhos à cintura e bandoleiras com campainhas. Da sua indumentária, faz também parte um pau que os apoia nas correrias e saltos. A rusticidade do ambiente é indissociável desta figura misteriosa.”

Passeio Pedestre
Passeio Pedestre

(…) “Dizem fontes, que a festa de Podence se imerge no domínio dos tempos até às antigas Saturnais Romanas – celebração em honra de Saturno, Deus das sementeiras. Procura-se acalmar a ira dos céus e garantir favores de uma boa colheita. Nesses tempos idos da agricultura de subsistência, a diferença entre a vida e a morte quase se cingia à dimensão da lavra. E a dupla máscara acentua a relação, ao lembrar uma das duas importantes divindades romanas: Jano Deus do passado e do futuro e também do presente, senhor dos portões e entrada, da guerra e da paz e dono de todos os princípios.

O filho de Apolo, que um dia partilhou o trono com Saturno e conjuntamente civilizaram os habitantes de Itália, levando-os a tal prosperidade que ao reinado chamaram era de ouro, é geralmente representado com duas caras por ser do passado e do futuro, e principalmente, por ser símbolo do SOL, que aparece de manhã e se esconde à noite. Passados à parte, em Podence ainda hoje a agricultura é a principal actividade da população. Da terra se extrai cereais e castanhas, embora nos últimos anos, tenha aumentado a produção de azeite.” (…)

Concurso de fotografia
Concurso de fotografia

(…)”A imunidade conferida pela máscara, permite aos Caretos mergulhar nos excessos. Sendo as mulheres solteiras as vítimas preferências. Encostam-se a elas e ensaiam estranhas danças com conteúdo erótico, agitando a cintura e batendo com os chocalhos nas ancas das vítimas que para bem do corpo acompanham a dança. Dança, com o nome chocalhar. Entre o barulho festivo, a risota e o alarido lembram-se outros tempos em que as mulheres se escondiam em casa pois os foliões iam muito para além dos chocalhos, lançando cinza e dejectos e fustigando as incautas com pele de coelho seca ou bexiga de porco fumada. Para não falar no banho de formigas, broma pesada e cruel com especímenes selvagens recolhidos nos campos durante meses. Também as casas eram invadidas e panela ao lume era panela condenada a verter o conteúdo para mal da barriga dos infelizes. Ao Careto mau, diabo à solta pelas ruas de Podence, querem-no vivo em cada Fevereiro, mesmo que à conta disso não possam dormir descansadas as moçoilas da aldeia de Podence.”(…)

in http://caretosdepodence.no.sapo.pt

 

Imbolc – O Crescimento da Luz


Imbolc – O Crescimento da Luz

(Imbolg, Oimelc, Candlemas, Treguenda Lupercalia)

Esta celebração,com origem na antiga Irlanda, celebra o crescimento da luz e homenagea a Deusa Brigid (também conhecida como Brighid ou Brigith), na fase de Donzela e como Noiva do Sol.

Apesar de ser celebrado no pico do Inverno, o festival, cujo nome significa “apressar-se”é dedicado ao aumento do dia, ou seja, da luz e ao início do despertar das sementes enterradas na terra ainda fria.

A celebração da festa de Imbolc tem lugar aproximadamente seis semanas depois de Yule (o momento do solstício de Inverno) e simboliza a recuperação da Deusa após o nascimento da criança solar e sua transformação numa Donzela jovem e cheia de vigor.

Brigid, ou Bride, era uma Deusa Tríplice, representando a inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), a cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos).

Uma vez que se trata de uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais com as quais se pretendia despertar o fogo criador original. As lendas celtas descrevem-na na sua representação de donzela tocando, com seu bastão mágico, a terra que fora congelada pelo cajado da anciã, marcando o momento em que a terra desperta para a vida e permite o aumento do número de horas da luz solar.

Algumas tradições mantêm-se até aos dias de hoje. Em certos pontos do Reino Unido e na Irlanda as pessoas atam fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às fontes tidas como sagradas, e que actualmente são dedicadas às santas católicas, orando para obter a cura de seus males.

No Norte da Europa, este era o momento de, em conjunto com as agruras do Inverno, enterrar os aspectos negativos da vida, enquanto se purificava a terra, salpicando-a de sal e cinzas.

Em Portugal

Em Portugal, as celebrações da Antiguidade do 2 de Fevereiro foram adaptadas para a visão católica, comemorando-se a festa da Nossa Senhora da Luz ou Nossa Senhora das Candeias. Na tradição popular, o estado do tempo neste dia condiciona o tempo para o resto do Inverno. Diz a voz popular que “Nossa Senhora a rir, está o Inverno para vir. Nossa Senhora a chorar está o Inverno a passar.”, ou seja, se no dia estiver Sol ainda teremos muito tempo invernoso pela frente, enquanto se chover o Inverno já terá passado.

A vila de Vale do Peso, situada a 7 km de Crato, é um dos locais onde esta celebração é mais marcante.

A festa tem origem, segundo alguns investigadores, na apresentação do Menino Jesus no templo e na purificação de Nossa Senhora, quarenta dias após o nascimento de Cristo. Dizia a tradição que as parturientes, após darem à luz, ficavam impuras, devendo inibir-se de visitar ao templo até 40 dias após o parto. Nessa altura, deviam apresentar-se ao sacerdote e oferecer o seu sacrifício (um cordeiro e duas pombas ou duas rolas), pudendo assim purificar-se.

Nossa Senhora da Luz era tradicionalmente invocada pelos cegos e tornou-se particularmente venerada em Portugal a partir do início do século XV. Segundo a tradição, deve-se a um português, Pedro Martins, muito devoto de Nossa Senhora, a descoberta de uma imagem da Mãe de Deus por entre uma estranha luz, em Carnide.