Carcavelos, a minha praia


Carcavelos, a minha praia

Escolher qual a minha praia favorita é complicado.

Ao longo da vida passamos por diversas praias que nos marcam e eu não sou excepção.

Mas diria que, ao fim de alguns anos de vida, já posso dizer com algum grau de certeza qual a minha praia preferida.

As razões da escolha dariam para encher uma enciclopédia, ao mesmo tempo que são difíceis de explicar por palavras. Provavelmente, a forma mais fácil de explicar a minha escolha é mostrar-vos.

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Carcavelos, my beach

Choosing which my favorite beach is tricky.

Throughout life we go through several beaches that mark us and I am no exception.

But I would say that, after a few years of life, I can say with some degree of certainty wich one is my favorite.

The reasons for the choice could make an encyclopedia, while being difficult to explain in words. Probably the easiest way to explain my choice is to show you.

As minhas “estórias” do meu bairro III


As minhas “estórias” do meu bairro III

A ideia de criar um conjunto de pequenas crónicas sobre a Penha de França surgiu depois de ter escrito o livro sobre esta que é a minha freguesia, um documento meramente objetivo e informativo. No entanto, a verdadeira inspiração partiu de um projeto da Biblioteca da Penha de França denominado “Vidas e memórias de bairro”.

Esta iniciativa, que surgiu em 2015, é dirigida aos idosos da freguesia e pretende “recuperar e divulgar histórias de vida, vivências, testemunhos, relatos e memórias importantes e relevantes que estes desejem partilhar e preservar”.

“Vidas e memórias de bairro” tem lugar todas as sextas-ferias à tarde, entre outubro e maio e parte de “sessões denominadas “oficinas comunitárias da memórias” durante as quais é trabalhado um determinado tema relacionado com o património material e/ou imaterial da freguesia”.

In

http://blx.cm-lisboa.pt/vidasmemoriasbairro

 

A minha escola primária

A minha escola primária, hoje conhecida como Arquitecto  Victor Palla, e já antes denominada de Nº143, era a do Vale Escuro. Estranho nome para uma escola primária, mas recebia-o do local onde estava instalada.

À volta, quase nada. Tão quase nada que, da minha sala de aulas, a nº2, via rebanhos de ovelhas a pastarem alegremente numa colina que atualmente acolhe diversos edifícios de habitação. E eram esses os melhores momentos extracurriculares dessa época. Viver e estudar no meio da capital e poder sair da sala de aulas e viajar pela vida daqueles animais, levá-los a viver aventuras como as dos desenhos animados do Vasco Granja. Tudo sem sair da minha carteira de madeira, de tampo inclinado e corroído pelo tempo e pelos lápis e canetas de estudantes anteriores.

Igualmente memoráveis eram os intervalos. Ou melhor, o intervalo, o único que existia e que se estendia pelo tempo – creio que era de 30 m – mas que parecia sempre muito pouco. Um daqueles muito pouco que dava para uma corrida de patins, vestir e despir as bonecas, jogar à apanhada, comer um lanche, aprender lavores, jogar à bola e esfolar os joelhos e as mãos. Vezes sem conta. Aliás, este era o resultado mais certo quando se punham dezenas de crianças a correr num pátio com chão de brita.

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A professora Gabriela, que me parecia altíssima, era a minha mestra e também ela era residente no bairro, numa zona conhecida como Quinta dos Peixinhos. Quando a professora Gabriela faltava e não se conseguia avisar os alunos – não se esqueçam que me estou a reportar a uma época em que não existiam telemóveis e que muitas famílias não tinham sequer telefone em casa – ficávamos com a professora Lúcia, da sala 3.

E algumas vezes, raríssimas, tão raras que parecem mais fruto da imaginação do que memórias de factos concretos, não havia ninguém para tomar conta de nós e lá voltávamos para casa sozinhos. Um percurso pequeno para a maioria – quase todos os alunos residiam no bairro, uns mais à frente, outros mais atrás, mas ninguém tinha que fazer horas de autocarro e de metro para chegar a casa, como agora – mas que nos dava uma sensação de liberdade e de aventura semelhante à que teríamos ao viajar para um país estrangeiro. Pelo caminho acontecia tudo. Víamos nuvens cinzentas que aos nossos olhos eram roxas e indiciavam a iminência de uma qualquer catástrofe que nunca se verificava. Cruzávamo-nos com adultos que achávamos não serem de confiança e que não passavam de vizinhos mais distantes. Chupávamos azedas e sabia-nos a um amarelo doce. Mas quase nunca nos atrevíamos a atravessar a não semaforizada enorme General Roçadas. Dávamos voltas e voltas e mais voltas por caminhos e azinhagas para fugir ao trânsito.

1976, o ano em que entrei para a 1ª classe, foi igualmente o ano de estreia da Victor Palla como escola mista. Até ali, os meninos estudavam num andar e as meninas no outro. Como o fim da ditadura, as coisas mudaram. Felizmente. Não consigo conceber andar numa escola só de meninas. Parece-me coisa da Idade Média. Ou talvez pior do que isso.

AML, 1956 Armando Maia Serôdio PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/SER/S00714
AML, 1956 Armando Maia Serôdio PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/SER/S00714
Penha de França - Do Rio à Colina Sandra Terenas Edições Fénix
Penha de França – Do Rio à Colina Sandra Terenas Edições Fénix Com o apoio da Junta de Freguesia da Penha de França

“Penha de França Do Rio à Colina”, Sandra Terenas 

Edições Fénix

Com o apoio da Junta de Freguesia da Penha de França

Penha de França do Rio à Colina”, procura levar ao conhecimento dos cidadão o património cultural e a identidade própria da Freguesia da Penha de França. É este território, que inclui o Tejo e o ponto mais alto de Lisboa, o Miradouro da Penha de França, que constitui a fronteira entre o centro histórico e a zona oriental da capital.

À venda em todas as livrarias e online

From Lisbon to Mars


Portugueses a caminho de aterrar em segurança em Marte

Space Today

English version adapted by SpaceTodayPT from the original article available in

Diário de Notícias

http://www.dn.pt/sociedade/interior/aterrar-em-marte-pela-mao-de-uma-empresa-de-lisboa-8707757.html

Landing on Mars by  a Lisbon company

Created 11 years ago, when space was still embryonic in the country, the company Spinworks created a more precise system to land on other planets

Within 3 weeks, Francisco Câmara, João Oliveira and Tiago Hormigo will move in with computers and a full drone equipped with video cameras and various electronic systems for a quarry near Alenquer. It will be there, in the middle of nowhere, in a deactivated terrain resembling a Martian landscape that they will make the first great fireproof test of their new space technology.

This is a real-time obstacle detection and deviation system for a precision landing on Mars – which can also be used on missions to the Moon, comets or asteroids – that this company, Spinworks, based in Lisbon, has developed over…

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90 anos a pedalar


90 anos a pedalar

A Volta a Portugal em Bicicleta, que tem início hoje em Lisboa, completa este ano 90 anos.

A sua primeira edição foi criada pelos jornais Diário de Notícias e Os Sports. Segundo Gil Moreira, na sua obra “A História do Ciclismo em Portugal”, a ideia de realizar uma Volta a Portugal partiu do jornalista de  Os Sports, Raul Oliveira. 

A primeira Volta teve início a 26 de Abril na Praça Marquês de Pombal e dirigindo-se ao Cais do Sodré, onde os ciclistas embarcaram no cacilheiro Atalaia até Cacilhas, onde começou a competição propriamente dita.

O número de ciclistas que participaram na primeira edição diverge, de acordo com os jornais organizadores. Assim, Os Sports fala 37 corredores e o Diário de Notícias de 26 de Abril em 42. A explicação desta diferença estará relacionada com a data da notícia: a 26 eram esperados 42 ciclistas, tal como referia o Diário de Notícias. No entanto, como Os  Sports só dá a notícia um dia depois da partida refere já o número correto de ciclistas que se apresentaram à competição.

A primeira edição teve 18 etapas distribuídas ao longo de 20 dias e foi vencida por Augusto Carvalho, do Carcavelos.