Portugal – República Checa


Hoje Portugal joga com a República Checa

Ibrahimovic

E vai ganhar. Para todos aqueles “portugueses” que já vestiram a camisola da selecção nacional checa – que deve ser um país lindo e que até joga bom futebol, embora já o tenha feito melhor – eu já vesti a da selecção lusa. E escusam de olhar para mim de lado quando desfilo na rua com as cores nacionais, vão dar uma volta ao bilhar grande. Devo confessar que gosto da inveja que têm da modelo e da sua segurança, mas apetece-me atropelar-vos. Com um rolo compressor.

De volta ao futebol, vamos ganhar 2-1. Com tranquilidade.

Concluído este assunto, ponto final, parágrafo.

Já quanto às restantes partidas, eu, contrário da maioria dos treinadores de bancada, quero que a Alemanha vença a Grécia. Façam uma pequena paragem para ouvirem o vasto coro de protestos que já está a insultar a minha mãe.

É que eu não misturo política com futebol. Cada macaco no seu galho.

O Fernando Santos que me desculpe e espero, honestamente, que tenha o maior sucesso profissional possível, mas isto para mim é como ser adepta do Real Madrid só por causa dos portugueses que integram a equipa galáctica. Eu prefiro o futebol do Barcelona.

Não. Eu gosto mais da forma de jogo da equipa alemã, menos confiante da sorte e mais atenta à técnica que providencia a eficácia, portanto, vou torcer pelos teutónicos. E mesmo sendo apenas uma questão de futebol, mesmo que o jogo alemão não me agradasse, continuaria a torcer por eles. Ainda não engoli a vitória injusta e injustificada da Grécia no Euro 2004. Nem a exclusão da Rússia no presente Europeu, um colectivo que merecia largamente ter ido mais longe. Se querem um exemplo do que deve ser a disciplina em campo, vejam os jogos dos russos.

Se lerem o post anterior, vão perceber porque é que a derrota da Grécia me deixaria (deixará!) contente.

Já no respeita às outras selecções ainda em campo, tenho que dizer que me sinto dividida quanto ao confronto entre a Espanha e a França, pois um deles será o adversário futuro de Portugal.

Gosto mais do futebol do país vizinho, embora não seja dos meus favoritos, mas a França é, obviamente, um adversário muito mais fácil. Piece of cake, como diriam os nossos velhos aliados britânicos…

Esses têm uma execução em que campo que, pese embora tenha já visto melhores dias, é eficaz e produz até golos daqueles que dá gosto ver. E também dá gosto ver a atitude dos adeptos – longe dos hooligans, naturalmente – que apoiam e incentivam a sua equipa nacional com o mesmo espírito animado e leal desde o primeiro minuto até ao 90.º. Ou 95.º, que com os descontos nunca se sabe.

A Itália, um pouco à semelhança das equipas mais a Sul, joga como se andasse na montanha-russa: a estratégia está claramente definida, as posições dos jogadores em campo são tão estanques no relvado como no papel, o banco está recheado de bons executantes mas, quando se chega ao momento da verdade, tão depressa estamos na excelência como no “Deus nos acuda”.

Lamento profundamente que a selecção que acolhe o melhor jogador deste Euro tenha sido eliminada: Ibrahimovich estou contigo. Jorge Jesus e Filipe Luís Vieira: se eu ganhar o Euromilhões, compro-o para o Benfica. Ou melhor, se eu ganhar o Euromilhões, compro o Benfica. E o Ibrahimovich.

 E porque o futebol também deve ser pelo respeito dos valores que nos distinguem dos outros animais, sugiro-vos uma visita a este link da UEFA:

http://euro2012.cafefootball.eu/home.aspx

E com esta me fico que agora tenho que ir comprar as imperiais e os tremoços para logo.

Nota final: Não é preciso espancar o Rui Santos para acabar com os seus comentários aos futebol, tão enervantes que conseguem dar cabo da paciência a um morto. aliás, espancá-lo não surte efeito. É melhor coser-lhe a boca com linha de aço. Eu dou a agulha.