Imbolc o crescimento da luz


Imbolc – o crescimento da luz

O festival de Imbolc também denominado de Imbolg, Oimelc, Candlemas ou Treguenda Lupercalia) teve origem na Irlanda e centra-se nas comemorações em honra da Deusa Brighid (Brigid ou Brigith), homenageada como a “Noiva do Sol”.

Pese embora seja celebrado no auge do Inverno, o festival é  dedicado ao acréscimo de luz natural, bem como ao consequente despertar das sementes enterradas na terra congelada. Na Roda do Ano, Imbolc é o oposto de Lughnasadh e festeja a Deusa como Donzela.

Este festival tem lugar seis semanas depois do Yule, simbolizando assim a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor. Com o advento do cristianismo, a Igreja Católica apropriou-se do significado pagão da festa e transformou esta data na festa da Purificação de Maria (ou Candelária, como é conhecida nalguns países). A Deusa Brighid acabaria por ser cristianizada, passando a Santa Brígida, sendo o seu santuário na Irlanda convertido num mosteiro de monjas.

Brigidh ou Bride é uma Deusa Tríplice, regente da Inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da Cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade) e da Metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Sendo uma Deusa do Fogo, na antiguidade era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e outros rituais com os quais se pretendia despertar ou activar o Fogo Criador.

O Sabbath Imbolc, ou seja, “apressar-se”, celebra assim o aumento da luz e a derrota do Inverno. Na Antiguidade, o dia de véspera era dedicado a apagar todos os fogos e luzes que seriam ateados de novo, com as brasas das fogueiras dedicadas a Brigith.

Neste dia, com a comemoração do Disting, os povos nórdicos enterravam simbolicamente a negatividade e as agruras do Inverno, acendendo fogueiras nas encruzilhadas, e purificavam a terra, salpicando-a com sal e cinzas.

Esta é também a data das Iniciações dos novos adeptos e das Confirmações das Sacerdotisas. actualmente, em certos pontos da Grã-Bretanha e da Irlanda, mantém-se a tradição das pessoas amarrarem fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às antigas fontes sagradas, hoje dedicadas a Maria ou às santas católicas, orando para obter a cura de seus males.

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